Segunda fase da operação Strike prendeu sete suspeitos e cumpre mandados de prisão na cidade de Caridade, a mais afetada por ataques do Comando Vermelho. Facção exige dinheiro das empresas para autorizar oferta de serviço de internet no Ceará.
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Operação Strike cumpre mandados de prisão contra membros do Comando Vermelho que participaram de ataques coordenados a empresas de internet no Ceará.
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Facção exige dinheiro de operadoras de internet para permitir a oferta do serviço e promove ações de retaliação contra as provedoras que recusam pagar a “taxa”.
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Ataques incluem tiros contra a fachadas das empresas, depredação e queima de veículos e rompimentos de cabos de fibra óptica, deixando os clientes sem internet.
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Pelo menos oito ataques foram realizados nas últimas semanas.
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Em Caridade, a cidade mais afetada no estado, centenas de fios em postes foram destruídos, deixando 90% dos clientes que pagam pela internet sem o serviço.
PCCE realiza 2ª fase da Operação Strike, em Caridade
Uma nova fase da operação Strike, realizada nesta sexta-feira (14) na cidade de Caridade, prendeu mais sete membros do Comando Vermelho que participaram de ataques coordenados a empresas de internet no Ceará. No total, a operação já prendeu 24 suspeitos de participarem dos atos.
Conforme a Secretaria da Segurança, operadoras clandestinas de internet também foram fechadas. Essas empresas ilegais funcionavam a serviço da facção.
Ação policial para coibir ataques a operadoras de internet no Ceará prende 10 pessoas — Foto: SSPDS/Divulgação
Sequência de ataques
Arte mostra mapa com locais que ficaram sem internet após ataques de facções no Ceará — Foto: Arte/g1
A facção criminosa Comando Vermelho fez pelo menos oito ataques, como corte de cabos de internet, incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas, desde 22 de fevereiro em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante. Seis ocorreram na última semana. (veja o infográfico abaixo). Nem as empresas e nem a Secretaria da Segurança Pública do estado divulgaram o número de pessoas afetadas pelos ataques e consequentes falhas no serviço.
O objetivo dos ataques é forçar as empresas a repassarem à facção parte da mensalidade paga pelos clientes pelo serviço de internet. As ações são direcionadas àquelas que não obedecem aos criminosos, segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, delegado Alisson Gomes.
Os provedores de internet no Ceará chegaram a suspender as atividades em algumas regiões depois de ataques promovidos por uma facção criminosa, que incluem desde o corte de cabos de internet até o incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas. Até o momento, oito atos criminosos foram registrados em Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade, sendo seis deles na última semana. Pelo menos quatro empresas foram atingidas.
Cronologia dos ataques
Ataques de facção a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão
- 11 de março: criminosos jogaram pedras contra um veículo da empresa Brisanet na cidade de Caucaia.
- 10 de março: a fachada da empresa Acnet, na cidade de Caucaia, foi alvo de vários tiros.
- 10 de março: membros de facção destruíram fiação de uma empresa de internet em Caucaia.
- 9 de março: um dia após o governador anunciar combate a esse tipo de crime, uma empresa foi atacada na madrugada no Bairro Sítios Novos, em Caucaia.
- 8 de março: o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia criação de grupo para combater a facção que ataca as provedoras de internet no estado.
- 7 de março: criminosos destruíram várias fiações de uma operadora na cidade de Caridade; 90% dos clientes do município ficaram sem internet.
- 6 de março: um carro de serviço da Brisanet foi completamente destruído pelas chamas no Conjunto Metropolitano, em Caucaia.
- 27 de fevereiro: no distrito do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criminosos invadiram e vandalizaram uma empresa.
- 22 de fevereiro: no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza, dois veículos da empresa Brisanet foram destruídos em incêndio.
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