Manoel Bonfim dos Santos Silva atirou na companheira dentro do carro após uma discussão na saída de um restaurante.
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O ex-policial militar Manoel Bonfim dos Santos Silva foi condenado a 18 anos de prisão por matar a namorada, Ana Rita Tabosa Soares, a tiros dentro de um carro na Avenida Silas Munguba, em Fortaleza, em outubro de 2020.
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A sentença foi divulgada nesta segunda-feira (16) e deve ser cumprida em regime fechado.
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O crime aconteceu após o casal sair de um restaurante, onde estavam jantando. No percurso para casa, Ana Rita foi atingida por pelo menos três tiros durante uma discussão com Manoel. Ela morreu no local e o policial foi preso em flagrante.
Policial militar mata a companheira dentro de carro, em Fortaleza
O crime aconteceu após o casal sair de um restaurante, onde estavam jantando. No percurso para casa, Ana Rita foi atingida por pelo menos três tiros durante uma discussão com Manoel. Ela morreu no local e o policial foi preso em flagrante. Durante depoimento, quando questionado sobre o que motivou o crime, o policial permaneceu em silêncio.
À época do crime, a defesa do militar afirmou à Justiça do Ceará que ele era acompanhado há anos por um médico especializado em doenças mentais e indicou que ele sofre de insanidade. Por isso, o policial seria incapaz de entender o caráter ilícito do feminicídio pelo qual foi acusado.
Apesar da alegação de insanidade, Manoel Bonfim foi julgado na 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza e condenado à pena de 18 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e feminicídio.
O PM Manoel Bonfim dos Santos Silva é acusado pelo assassinou da própria namorada, Ana Rita Tabosa. — Foto: Arquivo pessoal
Manoel Bonfim foi expulso da Polícia Militar em agosto de 2022 por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que destacou à época que Manoel se aproveitou “da facilidade proporcionada pelo acesso a uma arma de fogo” e da “impossibilidade de defesa por parte da vítima, que não esperava tal desfecho”.
No mesmo documento em que aplicou a expulsão de Bonfim, o controlador-geral de disciplina, Rodrigo Bona, rejeitou a alegação de insanidade mental e apontou que não havia indícios de que os problemas psicológicos causassem prejuízo as capacidades de entendimento do policial no momento do crime.
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