O bronzeamento artificial é proibido no Brasil desde 2009, por decisão da Anvisa. Agência diz que não existem benefícios que contraponham os riscos decorrentes do uso de equipamentos do tipo para esses fins estéticos. Anvisa interdita empresas fabricantes de câmaras de bronzeamento artificial na Grande São Paulo.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou dois estabelecimentos fabricantes de câmaras de bronzeamento artificial localizados na Grande São Paulo.
Aproximadamente 30 câmaras de bronzeamento foram interditadas por estarem sendo fabricadas sem a devida autorização da Anvisa. A operação aconteceu nos municípios de Arujá e Guarulhos.
Além da interdição, os ficais também identificaram outras infrações sanitárias como ausência de alvará sanitário e de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE).
Segundo a agência, a ação teve como objetivo “garantir o cumprimento da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 56/2009, que proíbe o uso de equipamentos de bronzeamento artificial para fins estéticos devido aos riscos significativos à saúde”. (relembre abaixo)
A operação foi realizada em conjunto com o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) de São Paulo e com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS).
Anvisa interdita empresas fabricantes de câmaras de bronzeamento artificial na Grande São Paulo.
Anvisa
Proibição de câmaras de bronzeamento
Em 2009, a Anvisa publicou uma resolução que proíbe o uso, importação e comercialização de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos.
Na época, um estudo de um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) corroborou para a decisão, mostrando que o bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco do desenvolvimento de melanoma em pessoas que se submetem ao procedimento até os 35 anos de idade.
A pesquisa, publicada na revista científica Lancet Oncology elevou os equipamento ao nível mais alto dos cancerígenos – conhecido como grupo 1, ao lado do gás mostarda e do arsênio, por exemplo.
A decisão de alterar a categoria da exposição às lâmpadas a e à radiação dos equipamentos de bronzeamento artificial foi feita a partir da análise de 20 estudos sobre a relação entre o uso desses aparelhos e o risco de desenvolver o câncer.
Clínicas continuam oferecendo câmaras de bronzeamento artificial mesmo após proibição