ROMA (Reuters) – Famílias de pessoas que continuam sendo mantidas como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza pediram nesta quinta-feira que o presidente atual dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente eleito, Donald Trump, trabalhem em um acordo para libertar seus parentes em breve.
A delegação de ex-reféns e parentes de reféns está em Roma para encontros que envolvem a comunidade judaica local e o papa Francisco.
Durante coletiva de imprensa, eles disseram a repórteres que um acordo rápido era necessário para libertar todos os reféns ainda mantidos após o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, contra o sul de Israel.
“Esperamos que Biden e Trump trabalhem em conjunto para libertar os nossos reféns, antes do inverno (no Hemisfério Norte). Tem sido muito difícil para eles, eles não podem esperar outro inverno”, afirmou Sharon Lifshitz.
A mãe de Lifshitz, Yocheved, foi solta em outubro do ano passado. Mas seu pai, Oded, segue como refém.
“Isso não é sobre esquerda ou direita. Todo mundo deveria se unir”, afirmou.
Norberto Louis Har, que foi libertado em fevereiro pelas forças armadas israelenses, afirmou que não se importa com os campos da política, apenas com a soltura daqueles que ainda são mantidos como reféns.
O Vaticano afirmou que alguns dos participantes do encontro com o papa Francisco mostraram pôsteres com fotos de seus parentes, com nomes e idades.
“O papa foi muito gentil conosco. Ele prometeu continuar rezando pelo nosso povo, continuar rezando por cada um dos reféns”, disse Lifshitz.
Até agora, 117 reféns voltaram vivos para suas casas, incluindo quatro que foram soltos no começo da guerra. Mas as contagens israelenses ainda contabilizam outros 101 reféns na Faixa de Gaza, dos quais pelo menos metade deve estar viva, segundo autoridades israelenses.
(Reportagem de Oriana Boselli)