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Somente nos seis primeiros meses de 2025, o Instituto Dr. José Frota (IJF), hospital da Prefeitura de Fortaleza, já acolheu mais de 6.500 crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade, vítimas de diferentes tipos de acidentes. Para prevenir fraturas e ferimentos graves em crianças, a orientação e a supervisão de pais e responsáveis são fundamentais, especialmente durante o período de férias escolares, quando os pequenos ficam mais tempo sozinhos em casa.
“Nesta época do ano, muitas crianças passam boa parte do dia em casa sem a supervisão constante de um adulto, o que aumenta a exposição a situações de risco, especialmente em ambientes domésticos e durante atividades de lazer”, alerta a médica Carolina Rios, chefe do Núcleo de Pediatria do IJF. A profissional reforça que a vigilância constante é essencial para reduzir os riscos e permitir que as férias sejam aproveitadas com segurança e tranquilidade. “Medidas simples podem ser adotadas pelos responsáveis para garantir um período de descanso e diversão com mais segurança”, completa.
Confira algumas dicas para garantir férias mais seguras
Em ambientes domésticos:
– Conversar com as crianças sobre comportamentos de risco, como correr pela casa, subir em móveis ou janelas e brincar próximo à cozinha;
– Manter brinquedos, sapatos e utensílios organizados, evitando objetos espalhados pelo chão que possam causar quedas;
– Utilizar protetores nas tomadas para prevenir choques elétricos;
– Instalar grades de proteção em escadas, janelas e varandas;
– Manter panelas quentes, substâncias inflamáveis, produtos de limpeza e medicamentos fora do alcance das crianças;
– Guardar objetos pequenos que possam ser engolidos, como pilhas, moedas, peças de brinquedos e itens de decoração;
– Orientar as crianças a não mexerem em animais domésticos sem a supervisão de um adulto, principalmente durante visitas a familiares e amigos, prevenindo mordidas e arranhões.
Nas áreas de lazer (praias, piscinas, açudes e churrascos):
– Nunca deixar crianças sozinhas perto de piscinas, açudes, rios ou no mar, mesmo que saibam nadar;
– Utilizar boias e coletes de flutuação adequados e certificados;
– Redobrar a atenção durante festas e churrascos, mantendo as crianças afastadas de churrasqueiras, fogueiras e locais de manuseio de objetos cortantes;
– Evitar brincadeiras de risco em áreas escorregadias ou próximas a locais com fogo.
Durante viagens e no trânsito:
– Ensinar as crianças a atravessar ruas sempre na faixa de pedestres, olhando para os dois lados antes de atravessar;
– Alertar para o perigo de correr ou brincar próximo a ruas e avenidas movimentadas;
– Incentivar o uso de equipamentos de proteção, como capacete, joelheiras, cotoveleiras e tênis apropriado ao andar de bicicleta ou skate;
– É proibido o transporte de crianças menores de 10 anos em motocicletas, devido ao alto risco de acidentes graves;
– Utilizar sempre cadeirinhas e assentos de elevação adequados para a idade e o peso da criança, conforme as normas de segurança;
– Nunca transportar crianças no banco da frente.
Principais causas de acidentes e acolhimentos de crianças e adolescente no IJF:
– Quedas: 3.089 casos;
– Ingestão de Corpo estranho (objetos pequenos e brinquedos): 886 casos;
– Intoxicações por animais peçonhentos, medicamentos, produtos químicos e plantas venenosas: 343 casos;
– Queimaduras e exposição à corrente elétrica: 302 casos;
– Acidentes com bicicleta: 185 casos;
– Acidentes com motocicletas: 177 casos;
– Acidentes com pedestres: 137 casos;
– Acidentes com animais não peçonhentos: 66 casos;
– Acidentes automobilísticos: 44 casos;
– Afogamentos: 11 casos.