Esta é mais uma fase da “Operação Strike”, que visa desarticular um grupo criminoso de origem carioca com atuação no Ceará, associado a representantes de provedores de internet. Presos são responsáveis por empresas ilegais de internet.
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A Polícia Civil prendeu 19 pessoas na manhã desta terça-feira por ataques a provedores de internet e por administrar empresas clandestinas.
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As capturas ocorrem durante nova fase da “Operação Strike”, responsável por desarticular um grupo criminoso de origem carioca com atuação no Ceará.
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A Polícia Civil capturou armas de fogo, drogas, veículos de luxo e vários equipamentos de provedores de internet.
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São 200 policiais em campo. O foco da operação é desarticular um grupo criminoso.
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Em fevereiro e março deste ano, criminosos realizaram ataques contra provedores de internet e deixaram cidades sem acesso.
Polícia prende criminosos por ataques a provedores de internet no Ceará
Dezenove pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) por ligação com os ataques a provedores de internet e por administrar empresas clandestinas de internet, no Ceará. Os criminosos são donos de provedores ilegais de internet, que tentam monopolizar o serviço em bairros da periferia de Fortaleza e outras cidades do estado.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que, além das capturas, armas de fogo, drogas, munição, veículos de luxo e vários equipamentos de provedores de internet foram apreendidos. A operação bloqueou também 21 contas bancárias, totalizando um valor de R$ 5,2 milhões.
Os presos deverão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, extorsão, dano e interrupção de serviço essencial.
18 pessoas são presas durante operação da PCCE em Fortaleza e RMF — Foto: Divulgação/SSPDS
Ataques coordenados a empresas de internet no Ceará
Nem as empresas e nem a Secretaria da Segurança Pública do estado divulgaram o número de pessoas afetadas pelos ataques e consequentes falhas no serviço.
O objetivo dos ataques era forçar as empresas a repassarem à facção parte da mensalidade paga pelos clientes pelo serviço de internet. As ações eram direcionadas àquelas que não obedecem aos criminosos, segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, delegado Alisson Gomes.
Arte mostra mapa com locais que ficaram sem internet após ataques de facções no Ceará — Foto: Arte/g1
Cronologia dos ataques
Ataques de facção a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão
- 11 de março: criminosos jogaram pedras contra um veículo da empresa Brisanet na cidade de Caucaia.
- 10 de março: a fachada da empresa Acnet, na cidade de Caucaia, foi alvo de vários tiros.
- 10 de março: membros de facção destruíram fiação de uma empresa de internet em Caucaia.
- 9 de março: um dia após o governador anunciar combate a esse tipo de crime, uma empresa foi atacada na madrugada no Bairro Sítios Novos, em Caucaia.
- 8 de março: o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia criação de grupo para combater a facção que ataca as provedoras de internet no estado.
- 7 de março: criminosos destruíram várias fiações de uma operadora na cidade de Caridade; 90% dos clientes do município ficaram sem internet.
- 6 de março: um carro de serviço da Brisanet foi completamente destruído pelas chamas no Conjunto Metropolitano, em Caucaia.
- 27 de fevereiro: no distrito do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criminosos invadiram e vandalizaram uma empresa.
- 22 de fevereiro: no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza, dois veículos da empresa Brisanet foram destruídos em incêndio.
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