A UFC informou que o programa de intercâmbio foi firmado em 2022 e que, desde então, as únicas atividades realizadas foram dois cursos online em 2023. Não há alunos em intercâmbio.
Reitoria da Universidade Federal do Ceará, no Bairro Benfica, em Fortaleza. — Foto: UFC/Reprodução
O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Ceará (UFC), principal órgão de deliberação da instituição, aprovou na última segunda-feira (6) o rompimento do programa de intercâmbio entre a universidade cearense e a Universidade Ben-Gurion, em Israel.
Conforme o colegiado, a medida atende a um apelo da comunidade universitária em função da “grave crise humanitária e o genocídio praticado pelo Estado israelense contra o povo palestino, em especial na Faixa da Gaza”.
“O Conselho Universitário da UFC repudia veementemente o genocídio em curso, solidariza-se com o Povo Palestino que resiste às agressões, cancela o Acordo para Programa de Intercâmbio e Cooperação Acadêmica com a Universidade Ben-Gurion, manifesta que não mantém quaisquer relações acadêmicas de colaboração com instituições israelenses, em consonância com outras entidades brasileiras e internacionais”, disse o Conselho Universitário em nota.
Ao g1, a UFC informou que o programa de intercâmbio havia sido firmado em 2022 e que, desde então, as únicas duas atividades realizadas foram um curso online e um hackaton, também remoto, ambos concluídos em julho de 2023.
A universidade disse que não há alunos da UFC em intercâmbio presencial com a Universidade Ben-Gurion nem alunos da universidade israelense em intercâmbio presencial com a instituição cearense.
Os ativistas levados para Israel, de onde começaram a ser deportados para seus países de origem. Na moção divulgada, o Conselho Universitário destacou que o engajamento de Luizianne na causa pró-Palestina.
“Manifestamos também solidariedade à deputada federal Luizianne Lins, professora licenciada do curso de Jornalismo do ICA [Instituto de Cultura e Arte da UFC], que se encontra detida após a interceptação da Flotilha Global Sumud, missão humanitária com destino à Faixa de Gaza. Reconhecemos a trajetória da professora Luizianne, marcada desde o movimento estudantil por uma militância firme em defesa dos direitos humanos, da democracia, da justiça social e da liberdade dos povos”, disse o Conselho Universitário.